Em
todo relacionamento importante o conflito é inevitável. Quanto mais
íntimo o relacionamento, maior a frequência de conflitos. Todos nós temos
arestas que machucam os outros ocasionalmente. Todos cometem erros.
Os
conflitos surgem porque as pessoas são diferentes no modo de pensar, nos
sentimentos, reações, necessidades e expectativas. Portanto, a presença de conflitos
não significa, necessariamente, que um ou ambos estejam errados. Ninguém precisa
se sentir culpado quando surgirem conflitos.
É
importante saber que nem todos os conflitos são maus. O que importa não é se
vamos ter um conflito, mas como vamos reagir a ele. Você decide se o
desentendimento vai facilitar o crescimento ou a destruição do laço que une você
ao outro.
A maioria de
nós, provavelmente, não tem consciência de como reagimos diante de um conflito pessoal.
Simplesmente seguimos padrões que recebemos de nossos pais-modelos ou de um sistema
de tentativas e erros usado através dos anos.
Sendo assim,
quanto mais conhecimento temos de nós mesmos e do que estamos fazendo, mais oportunidades
temos de vencer (não as pessoas, mas os conflitos).
A seguir,
veremos algumas reações típicas que só servem para piorar as coisas num conflito,
é claro, com o objetivo de combatê-las e não de reafirmá-las.
1. Atacar as pessoas em vez de atacar o
problema – Ex.: xingar a outra pessoa; lembrar-lhe seus erros do passado (que não
têm nada a ver com o assunto atual); desvalorizar o outro comparando-a com
outra pessoa (você é exatamente como ... seu pai, sua mãe,...); fazer perguntas
sarcásticas (quando é que você vai crescer e se portar como uma adulto?); etc.
2. Afastar-se da pessoa recusando-se a
falar sobre a situação – este é um menosprezo que desperta hostilidade e não resolve
o problema. O silêncio pode ferir mais que as palavras. Use-o com sabedoria e
sensibilidade, não como arma.
3. Exagerar também atrapalha bastante a
comunicação criativa – Intercalar expressões tais como “nunca” e “sempre"
torna o problema maior do que realmente é. “Você nunca faz nada certo” ou “Você
sempre estraga tudo” atrai para o relacionamento outros assuntos desagradáveis,
reais ou imaginários. Isto é demais para se resolver de uma só vez.
4. Deixar-se levar pelos sentimentos – Quando
pegamos os fatos e acrescentamos nossos próprios sentimentos obtemos resultados
devastadores. Fatos mais sentimentos podem provocar graves desastres quando as pessoas
envolvidas não estão saudáveis emocionalmente. Esfrie a cabeça antes de debater
as idéias.
5. Auto justificação – É quando a pessoa
assume a posição de vítima em lugar de vilão. Isso impede qualquer solução sadia
em um conflito. Ponha-se no lugar do outro. Analise o problema “de fora” e
honestamente. Assuma seus próprios erros antes de apontar os erros alheios.
6. Auto piedade – Isso põe lenha na
fogueira do conflito para ambos, tanto para quem a expressa como para o outro que
a enfrenta. Sentir pena de si mesmo realmente não ajuda. A auto piedade é como
areia movediça – quanto mais nos revolvemos nela, mais nos afundamos e mais nos
afastamos de qualquer ajuda ou cura real.
Concluímos que, quanto mais egoístas são nossas atitudes e
interesses num relacionamento, mais combustível temos para destruir-nos
mutuamente.
Deus nos deu sabedoria de sermos sensíveis para com os outros
e a coragem para mudarmos nossas próprias reações destrutivas.
Você só é escravo das circunstâncias quando se permite sê-lo.
Seja dono de si mesmo, e tenha atitudes sensíveis e inteligentes, ataque o problema
e não as pessoas.
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