Tudo que nos cerca nos estimula
a usar todos os recursos possíveis para aproveitar a vida. O mundo grita: “A
vida é curta! Aproveite-a!” As pessoas repetem: “Carpem Diem!” (Colha o dia!
Aproveite o momento!) como justificativa para o prazer imediato, sem medo do
futuro. Todo mundo quer aproveitar a vida ao máximo, sem pensar nas consequências.
Infelizmente, isso tem afetado a Igreja, tornando as pessoas indisponíveis para
o serviço cristão, para os ministérios, para o evangelismo, etc. É urgente refletir
sobre isso!
Pra começar é preciso compreender
duas palavras gregas: “koilia” (κοιλια) e “diakonia”
(διακονια).
No sentido literal, a palavra “koilia”
fala do “ventre”, isto é, simboliza os que recebem, ou reconhecem os
prazeres da vida a partir das experiências corporais, como por exemplo, o sabor
das coisas e das emoções, a satisfação que isso ou aquilo proporciona, sem se
importar com o preço que pagam para obtê-lo, às vezes, paradoxalmente, a perda
da própria vida.
A palavra “diakonia” significa “serviço”,
se aplica ao estilo de vida dos que se dedicam a tornar melhor a vida dos
outros, compartilhando seus bens e talentos para fazê-los felizes, e isso os realiza.
Nem toda a vida voltada para a
satisfação da “koilia” é reprovável, como também nem toda existência orientada
pela “diakonia” é aceitável ou irrepreensível.
Os que vivem para o ventre também podem servir ao próximo, e os que focam no
serviço ao próximo também podem se satisfazer. A diferença está no foco.
A “koilia”, ou prazer do ventre,
se esgota em si mesmo. Já a satisfação do servir transcende tempo e espaço. São
duas maneiras distintas de viver. Cabe a você uma escolha. E pra decidir
corretamente, lembre-se que a vida é apenas uma pequena experiência antes da
eternidade. A “koilia” esgota-se aqui,
consome-se em si mesma. Já a “diakonia”
transcende a vida terrena, porque muda
a história das pessoas a quem você afeta com seu serviço, cuja recompensa lhe
aguarda na eternidade, junto com elas, na maioria das vezes.
Pense nisso! E faça sua escolha.