"Sim, eu vi o relâmpago cair. Ouvi
o trovão ribombar. Senti ondas de pecado se quebrando, tentando conquistar a
minha alma. Mas ouvi a voz de Jesus me dizendo para continuar a luta. Ele
prometeu nunca me abandonar, nunca me deixar sozinho". (Martin Luther King
Jr)
Quando a
tempestade, anunciada ou de surpresa, faz que nosso barco pareça de papel, como
folha que voa, há uma voz que a domina. E não é a nossa.
Quando a
escuridão se torna tão densa que nos impede de enxergar horizonte algum na
estrada a ser percorrida, há uma voz que dissipa as trevas. E não é a nossa.
Quando a
dúvida, num processo que se iniciou sem que percebêssemos, torna incerto o que
era certeza, inseguro o que era firme, há uma voz que reilumina a fé. E não é a
nossa.
Quando o
rancor, como uma semente que cresce na calçada interior do nosso coração, está
pronto para se tornar árvore de sombras, há uma voz que o apaga. E não é a
nossa.
Quando o
cansaço nos encurva o corpo, confunde o nosso sonho, recolhe o nosso pé desde a
manhã, nega-nos o desejo pelo novo, há uma voz que restabelece o vigor. E não é
a nossa.
Quando a
tristeza nos cerca e nos conduz ao desânimo, ao desespero ou à depressão, furtando
dos nossos olhos a alegria de ver, há uma voz que nos faz viver de novo. E não
é a nossa.
Há uma voz
que cala o vento.
Há uma voz
que fala à noite.
Há uma voz
que incendeia a fé.
Há uma voz
que semeia o perdão.
Há uma voz
que renova a força.
Há uma voz
que prova a esperança.
A voz que
traz a calma, mesmo que seja forte a tempestade dentro da alma; gera a manhã,
mesmo quando a noite deseja fazer a nossa espera coisa vã; estilhaça a
incerteza, mesmo que penetrada por palavra cheia de beleza; torna inútil o
rancor, mesmo que gestado por imensa dor; faz de novo velozes os nossos
movimentos, mesmo que os pés ainda sangrem pela lembrança dos ferimentos;
escancara nossos olhos para a meta de uma vida novamente querida, é a voz de
Jesus.
Israel Belo de Azevedo
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