Esta além de nossas forças mudar
outras pessoas. Podemos exercer grande influência por meio de nossos atos e
atitudes, mas a autonomia de cada um garante a liberdade de agir diante de si
mesmo e da vida como bem preferir. Esta capacidade de auto orientação é um dos
grandes presentes de Deus ao ser humano. Proporciona, não só oportunidades
incríveis, mas também uma responsabilidade muito séria.
Num sentido real, somos o que
escolhemos ser! Há experiências que nos impulsionam em direções autodestruidoras.
Elas, porém, não determinam por si mesmas o que havemos de ser. Se preferirmos ser
levados ao léu das circunstâncias, seremos moldados por elas.
Mas dentro de cada um de nós temos o potencial
de nadar contra a correnteza e de chegar a ser mais do que o resultado do
ambiente.
O maior perigo ao renunciar nossa
própria autonomia é que ficamos totalmente dependentes dos outros para o nosso
bem estar. E nos tornamos suscetíveis aos resultados de qualquer imaturidade
emocional que eles possuam.
O objetivo nos relacionamentos
humanos não é dependência ou independência, mas interdependência.
Vejamos alguns dos objetivos no desenvolvimento
de relacionamentos significativos:
1) Respeito mútuo – É doloroso quando somos
tratados com desrespeito; não obstante, podemos deixar de respeitar outra pessoa
sem percebermos. Quando os preconceitos são nossos, parecem normais e
justificáveis. Mas que estamos do lado oposto, parece muito desconfortável. A perda
do respeito mútuo tem desfeito muitíssimos relacionamentos. Como é fácil perder
de vista a beleza das diferenças que víamos antes!
Todos
nós temos sensibilidades e preferências pessoais que são uma parte válida do
ser humano. Mas medir o valor de outra pessoa com base em nossa própria
predileção pode nos empobrecer, porque nos priva da possibilidade de relacionamento
significativos com aquele segmento da humanidade que difere de nós.
Muitos
descobrem meios de levantar muros ao seu redor ou à volta de seu grupo, para manter
fora aqueles que não estão “dentro”. Estar “dentro” transforma-se num sinal de
distinção e superioridade. Este sistema social separativo transgride uma
premissa básica da fé cristã: “... não tenhais
fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas.” (Tiago
2.1). “Pois Deus não tem favoritos.” (Romanos
2.11, Bíblia NIV). “Ora atualmente vós
tendes fé em Cristo, sois todos filhos de Deus... Acabaram as diferenças entre
judeus e gregos, escravos e livres, machos e fêmeas! Sois um só em Cristo Jesus.”
(Gálatas 3.26,28, Bíblia Phillips).
Mesmo
fora da fé cristã, essa tendência bloqueia qualquer possibilidade de um relacionamento
sadio.
O evangelho
ensina enfaticamente que só quando atendemos às necessidades dos outros podemos
ver resolvidas as nossas próprias.
2) Despertar o que há de bom no outro - Isso também desperta o que há de melhor em nós mesmos. As reações que provocamos naqueles com quem lidamos, encorajam ou desanimam o desenvolvimento de sua personalidade. É incrível quanta energia negativa bombardeia a maioria das pessoas no decorrer de um simples dia. Um dia de observações depreciativas afeta profundamente o mais forte dos homens.
Mas não adianta
ficarmos com pena de nós mesmos por causa da carga negativa que recebemos. Precisamos
assumir um compromisso conosco e com os
outros de que a convicção básica de nossa vida será que todos são importantes. Pensar em nós mesmos e nos outros como “milagres
de Deus, especiais e irrepetíveis” estabelece um fundamento sólido, a partir do
qual despertamos o potencial maravilhoso dos outros.
(continua)
Pense nisso e descubra o maravilhoso
mundo de possibilidades que Deus colocou ao seu lado.