Quem
passasse por sua vida era lembrado.
Se ele
fizesse uma viagem, voltaria com uma lembrança para os amigos.
Quem
fizesse aniversário (de nascimento, casamento ou outra data) recebia uma
saudação, muitas vezes em forma de telegrama e outras vezes na forma de um
telefonema. Quem realizasse algo público, como uma festa ou um culto, sabia que
ele apareceria para abraçar.
Os
amigos, próximos ou distantes, eram sempre lembrados, infalivelmente. Os amigos
esqueciam de suas próprias datas, mas ele jamais esquecia.
Perguntado,
desconversava sobre suas razões e seus métodos.
Ele nunca
disse quem pagava as despesas por tantos telegramas, geralmente detalhados.
Sua
sucessão de gestos demonstrava paixão e perseverança, marcas dos verdadeiros
vencedores.
Um dia ele ficou muito doente. Para ir a um encontro, a esposa teve que levá-lo. Os
amigos perguntaram:
_ Quem
paga os telegramas?
Ela
respondeu:
_ Ele.
Teve época em que a metade do que ele ganhava ia para os telegramas e
telefonemas.
A paixão
fazia com que se dedicasse aos amigos, pagando do próprio bolso o custo deste
afeto.
Pouco
depois, ele morreu.
No culto
em gratidão por sua vida, a viúva levou a agenda onde ele anotava datas e
endereços. Tinha muitas páginas sobrepostas, algumas já amarelas e soltas.
Então, ela leu os nomes das pessoas para quem seu marido telefonaria naquele
dia, se estivesse vivo.
Estava
revelado o segredo. À paixão, seguiu-se a perseverança, feita de disciplina.
Ele amava fazer o que fazia; por isto, organizava a sua vida para fazer o que
amava fazer.
Viver com
paixão saudável e perseverança disciplinada torna a vida boa, a nossa e a dos
outros.
(Com
gratidão pela vida de Sillas dos Santos Vieira [8/7/1946--24/2/2016], o homem
que não esquecia datas)
Israel Belo de Azevedo
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