Precisamos de regras para
viver, mas gostamos de brigar contra elas. Lutamos contra a hora de acordar.
Desafiamos as leis do trânsito. Recusamos, como se fosse razoável, até as leis
naturais que coordenam o cosmos, como a da gravidade.
Se há regras ruins -- e há --,
feitas por aqueles que querem impor a desigualdade em benefício próprio e de
seus iguais, temos que enfrentá-las até mudá-las. A existência de regras ruins
não nos exime de seguir as boas.
Se predomina o autoritarismo --
e, às vezes, predomina --, na elaboração ou na coordenação das regras, o
processo pode e
deve ser discutido, nunca a
necessidade delas.
Uma criança sem regras bem
definidas não sabe por onde ir. Um adolescente sem regras interpreta que não é
amado. Um jovem sem regras não sabe sequer o que não pensar. O
profissional sem regras não tem esperança de crescer na sua empresa ou
organização, como se estivesse num pesadelo.
Precisamos de regras, lembrados
que algumas delas funcionarão independentemente do que pensamos a seu respeito.
A ilusão de um mundo sem regras
é apenas isto: uma ilusão. Até os grupos que querem se manter informais
precisam de regras para conservar a sua informalidade.
As regras não são apenas para a
vida em comunidade; elas são boas para a vida em família e indispensáveis para
o indivíduo, mesmo em sua expressão máxima de solitude. Até quem deseja um
mundo sem regras precisará carregar as suas próprias tábuas de mandamentos na
jornada, para continuar vivo.
Um mundo em que tudo pode não
faz bem a ninguém. Um mundo assim não é sequer verdadeiro.
Israel Belo de Azevedo
Pense nisso!
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