Na igreja primitiva, a
evangelização e a implantação de igrejas andavam lado a lado. De fato, não
havia outra alternativa, porque, onde o evangelho penetrava e as pessoas se
convertiam, se elas tinham de reunir-se como igreja, um corpo era estabelecido.
Os novos crentes de Éfeso não podiam ser integrados às várias igrejas da
cidade. Tinham de tornar-se parte de uma nova igreja.
Esta é uma conclusão inevitável do
livro de Atos: onde a evangelização resultava em pessoas tornando-se seguidores
de Cristo, ali novas igrejas eram plantadas. A primeira viagem missionária de
Paulo e Barnabé demonstra isso claramente. Em seu retorno à igreja de origem,
em Antioquia, eles visitaram outra vez os novos convertidos que haviam sido
ganhos para Cristo nas cidades da Galácia e da Frígia. Lucas nos diz que eles
voltaram por aquelas cidades e fortaleceram “a alma dos discípulos, exortando-os
a permanecer firmes na fé” e promoveram, “em cada igreja, a eleição de
presbíteros” (At. 14.22-23).
A evangelização resultou em novos
discípulos que se uniram em igrejas locais. Essa foi a maneira como as igrejas
do século I foram plantadas. Hoje, se formos honestos, teremos de admitir que
muitas de nossas igrejas novas resultam de pecado, e não de evangelização. Se
as igrejas que começaram como resultado de separação de outra igreja deixassem
de existir, o número de igrejas evangélicas diminuiria grandemente.
Não estou dizendo que não é correto
o crente deixar uma igreja para começar outra. Às vezes, essa é única opção
disponível. Em uma época em que muitas igrejas perderam o evangelho, tal opção
é comum, pois tem de haver alguma ruptura em igrejas que se esforçam para
recuperar o evangelho. A obra de reforma e renovação da igreja é muito
importante e bastante necessária; e as consequências que acompanham esse
esforço são, às vezes, inicialmente muito dolorosas.
No entanto, o compromisso com a
reforma da igreja nunca deve se tornar uma desculpa para negligenciarmos a
implantação de igrejas. Pela graça de Deus, mais e mais pastores e igrejas
estão pensando sobre e tomando os passos para se tornarem ativamente envolvidos
na obra de começar novas igrejas. O tema da Conferência Nacional Founders, em
2008, abordou tanto a reforma como a implantação de igrejas. Cada igreja
precisa cultivar um compromisso permanente com ambas as coisas.
Ore ao Senhor pedindo-Lhe que
desperte entre nós maior paixão pela ampliação de Seu Reino, enviando mais
obreiros para a sua seara, para que vejamos pessoas convertidas e novas igrejas
implantadas.
Pense nisso!
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