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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

O Problema da Murmuração


A obediência precisa ser aprendida. Precisamos crescer na obediência. O primeiro estágio é simplesmente fazer o que foi ordenado, mas Jesus disse que, se fizermos apenas isso, somos servos inúteis (Lucas 17.10). Somos obedientes, mas inúteis. Precisamos ir além. Como? Podemos tomar iniciativas próprias, podemos fazer mais do que aquilo que foi exigido, mas vejamos outro detalhe sutil: Muitas vezes obedecemos reclamando.
Precisamos vencer esse mal. Um dos maiores problemas de Israel no deserto foi a murmuração. Viviam reclamando de tudo, reclamando do líder, reclamando de Deus. Observe que “murmuração” significa “falar baixo”. A murmuração é aquele tipo de reclamação às ocultas, aquela queixa que não produz nada além de disseminar um descontentamento geral.
Qual é a causa da murmuração?
A insatisfação. Esta não pode ser simplesmente proibida ou ignorada. É como a ira, um sentimento espontâneo que podemos controlar, mas não anular. Ela existe e persiste. O que fazer então? Precisamos examinar a raiz de nossa insatisfação. Ela provém de um desejo. Tal desejo é legítimo? É egoísta ou de interesse do grupo?
Nossa insatisfação pode nascer do egoísmo. Então, nada nos resta senão obedecer e calar. Nada de murmuração.
A insatisfação pode nascer também de um desejo bom, legítimo e importante. Então, devemos transformar nossa insatisfação numa contribuição para o grupo. Devemos levar ao conhecimento do líder a nossa opinião afim de que todos possam ser beneficiados. Vamos direcionar nossa energia para que o grupo possa melhorar seus planos e seu trabalho. Um dos motivos da insatisfação pode até ser um erro do líder (Eclesiastes 10.5).
A murmuração é pecado e pode trazer muitas consequências ruins. Se o pecado aconteceu, podemos reconhecer e pedir perdão, ou guardá-lo e sofrer as consequências. Mesmo sendo confessado e perdoado o pecado pode trazer consequências. Por isso ele é tão maligno (Provérbios 18.19).
Algumas vezes ficamos insatisfeitos por motivos particulares, mas precisamos lembrar que tudo é feito visando o objetivo do grupo. Podemos conversar com o líder com todo respeito, expondo nosso parecer, mas a decisão é do líder. Contudo, lembre-se de que o grupo não gira em torno de um indivíduo. Nem todas as nossas preferências serão atendidas em todo tempo. Porém, o nosso pedido pode ser de interesse geral e até favorável ao alcance do objetivo comum.
Quando um interesse é levado ao conhecimento do líder, ele pode ouvir e aplicar, ou não aplicar por não ser algo bom, ou não aplicar por não existirem recursos. Os liderados precisam também compreender as limitações do líder e do próprio grupo. Os israelitas no deserto estavam exigindo de Moisés muito mais do que aquilo que ele poderia oferecer. Ao invés de esperarem a chegada a Canaã, já queriam desfrutar de tudo no meio do caminho.
Deus é líder perfeito e infalível, mas ainda assim Ele nos ouve e às vezes muda situações (Abraão diante de Sodoma, Moisés ao pé do monte Sinai, Jesus no Getsêmani). Quanto mais nas relações humanas deve haver esse diálogo! Nossa posição em relação a Deus nunca vai mudar. Sempre seremos Seus filhos e Seus servos, submissos a Ele. Nas relações humanas, entretanto, nossas posições são alternáveis, exceto em algumas sociedades organizadas em castas. Quem é líder hoje poderá ser liderado amanhã e vice-versa. Por isso, Paulo disse que devemos nos sujeitar uns aos outros.
(Extraído da apostila: Autoridade Espiritual – Centro de Treinamento de Líderes – Escola Ministerial Paz)

Pense nisso!

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