O apóstolo Paulo disse: “Portanto,
meus amados irmãos, sejam firmes, e constantes, inabaláveis, sempre abundantes
na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o seu trabalho não é vão.” I
Co. 15.58.
Ser firme não significa ser uma muralha,
Intransponível, fria e dura.
Antes, significa continuar, prosseguir,
Mover-se sempre olhando para o alvo,
Mover-se sempre olhando para o alvo,
Ainda que sofrendo, chorando...
Ainda que devagar por causa do peso
Da cruz que tem de carregar.
Da cruz que tem de carregar.
Ser constante não significa ser
Sempre o mesmo e nunca mudar.
Sempre o mesmo e nunca mudar.
Significa, antes, mudar as velas
Sem perder o rumo,
Sem perder o rumo,
E aproveitar os ventos contrários.
Significa estender os passos
Até a beira do caminho
Até a beira do caminho
Pra alcançar as pessoas que estão à
margem,
Pra abraçar quem está longe
E trazer para perto.
E trazer para perto.
Ser inabalável não significa
Ser insensível, frio e desapegado.
Ser insensível, frio e desapegado.
Antes, significa sentir a dor
Sem ser vencido por ela,
Sem ser vencido por ela,
Chorar sem deixar
Que as lágrimas embacem o olhar,
Que as lágrimas embacem o olhar,
Sofrer, nem sempre calado,
Porque partilhar a dor
Nos fortalece e nos cura,
Nos fortalece e nos cura,
Nos mostra que somos humanos
E, por isso mesmo, somos falhos,
E, por isso mesmo, somos falhos,
Dependentes de Deus
E de outros humanos falhos como nós.
E de outros humanos falhos como nós.
Ser sempre abundante
Não significa trabalhar o tempo todo,
Sem parar, sem descansar.
Não significa trabalhar o tempo todo,
Sem parar, sem descansar.
Porque se não paramos,
Adoecemos,
Adoecemos,
Se não reabastecemos,
Perdemos a força,
Perdemos a força,
E somos paralisados
Por nossa própria ignorância.
Por nossa própria ignorância.
Ser abundante não significa
Ser auto suficiente e farto.
Ser auto suficiente e farto.
Antes, significa entregar todos os dias
O seu pouquinho nas mãos de Jesus,
Como o lanche que alimentou a multidão.
Entregar sua pouca força,
Sua pouca fé, sua pouca capacidade,
Sua pouca perspectiva, sua pequena visão...
E esperar que Deus dê a abundância,
E nos use para alimentar os famintos.
Mas não basta ser abundante,
Temos de sê-lo na Obra do Senhor,
Porque Nele está nosso chamado,
Nele há fortalecimento na fraqueza,
Alegria que ultrapassa nossas dores,
Satisfação que excede as frustrações,
Sabedoria que excede nossas limitações,
Paz que excede nosso entendimento,
Sucesso apesar de nós...
E ainda recompensa.
Paulo disse isso, e podia dizê-lo
Com toda propriedade
Com toda propriedade
Porque experimentou
As dores do ministério,
As dores do ministério,
As angústias da solidão,
As arranhaduras
Das unhas do maligno,
Das unhas do maligno,
As marcas de Cristo
E da sua própria cruz...
E da sua própria cruz...
Mas venceu!
Foi abatido, mas não desanimou,
Foi surrado, mas não pereceu,
Sofreu com louvores nos lábios.
E sendo ele homem como nós,
Como não passaremos o mesmo?
Como não seremos também provados?
Porque o Senhor dele e nosso
É quem nos faz
Mais que vencedores.
Mais que vencedores.
Portanto, meus amados irmãos,
Sejam firmes, constantes,
Inabaláveis, abundantes...
Pois o Senhor de Paulo e nosso
Tem para nós o mesmo prêmio.
Porque, afinal de contas,
O prêmio não depende
Das habilidades daqueles que vencem,
Das habilidades daqueles que vencem,
Mas da generosidade
Daquele que nos habilita pra vencer.
Daquele que nos habilita pra vencer.
Raquel
Roque (Café em Comunhão, 24/08/13 )
Nenhum comentário:
Postar um comentário