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terça-feira, 10 de abril de 2018

EU ESCOLHI EDUCAR

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Entendendo e mapeando bem estas fases abaixo, podemos nos reconhecer hoje como adultos, entendendo onde pode ter surgido nossos pontos fortes e nossas fraquezas. E podemos ajudar crianças e adolescentes ao nosso redor, que ainda estão passando por esta jornada, que vai influenciar toda uma vida adulta, até a velhice.
Cada um de nós tem um ritmo de desenvolvimento e uma personalidade, que evolui conforme vivemos, mas que depende em grande parte do contexto e do ambiente em que estamos inseridos. Erik Erikson classifica em 8 fases, sendo que destacaremos as fases da infância e adolescência, a qual faço uma síntese, com observações da minha experiência.

1- Confiança X Desconfiança > de 0 a 1 ano.
O recém-nascido tem uma relação de dependência, principalmente da sua mãe. O desenvolvimento da sua confiança ocorre se os cuidados forem prontamente atendidos, satisfazendo plenamente suas necessidades básicas. Conforme seus sentidos se desenvolvem, ele reconhece o ambiente como familiar, trazendo tranquilidade e a sua primeira conquista é não sofrer de ansiedade na ausência da mãe e superar o medo do abandono por ela. Esta fase, se mal conduzida, pode gerar um crescimento cético e desconfiado, e um equilibro nesta fase faz a criança sentir segurança e afeto, com confiança nas pessoas e no mundo.

2- Vergonha e dúvida X Autonomia > de 02 a 03 anos.
Nesta fase a criança adquire autonomia de deslocamento e de controle de suas necessidades fisiológicas, o que dá a ela autonomia, confiança e liberdade para tentar coisas novas. Se o ambiente e as pessoas não correspondem às necessidades das novas experiências, com críticas ou ridicularização,  aparece a dúvida sobre si e medo de tomar iniciativa, prejudicando sua autonomia.
O controle dos pais deve ser firme para que entenda os limites das manifestações emocionais como choro e raiva, e tranquilizador, para desenvolver sua autonomia, visando não voltar ao estágio anterior da dependência.

3- Iniciativa x Culpa > de 04 a 05 anos.
Esta fase é distinguida pela iniciativa, principalmente durante as brincadeiras, quando a criança descobre o papel mais significativo para ela e o representa. É importante que a criança identifique e projete seu papel para o meio em que vive. É uma fase que entende as diferenças sexuais, menino e menina e é importante reforçar sua identidade biológica. Ela quer ser tratada como alguém especial e única, e diante disto começa a desenvolver a rivalidade e os ciúmes.
É a fase de ser estimulada a explorar novas situações e novos conhecimentos. Se não for tratada com atenção e zelo, ou se for reprimida ou castigada em demasia poderá desenvolver culpa e ansiedade.

4- Habilidade x Inferioridade > dos 06 anos até 11 anos.
É a fase escolar, onde ela começa a ganhar reconhecimento pelo que faz, a qual exigirá uma maior socialização com trabalho em conjunto e cooperatividade. Adquire novos conhecimentos e habilidades se tornando produtiva, sendo que precisa de incentivo da família e do meio em que está para isto.
Caso tenha dificuldades nesta fase, com críticas do grupo e até da família, e não havendo reconhecimento e estímulos suficientes, pode gerar uma sensação de inadequação passando a viver a inferioridade ou invés da construtividade e domínio das suas habilidades.

5- Identidade X Confusão de papéis > dos 12 aos 18 anos ou até mais (rss).
Esta fase é diferente, pois é o momento da identidade versus confusão, uma crise psicossocial que todos adolescentes passam. Uma fase de insegurança no conhecimento, nas habilidades, nas experiências e do que se acreditava anteriormente, onde aquilo que não foi constituído de forma firme e coeso nas fases anteriores aumenta ainda mais, podendo causar conflito de personalidade, que é acentuado pelas mudanças corporais.
Nesta fase tem uma grande preocupação com a imagem que passa para os outros, e tem um conflito constante do que foi até agora e do que precisa ser no futuro. É uma fase que podem ser muito influenciados e idealistas, sendo importante oferecer a eles causas sadias e que fazem sentido para sua forma de pensar. Caso atravessem esta fase com tranquilidade e com sonhos e metas bem estabelecidos, construirão uma identidade sólida, do contrário sempre estarão fingido ser o que não são.

Erik Erikson, não faz apontamentos sobre a gestação, mas é uma fase importante. Vale a pena pesquisar uma linha de estudo que fala dos 1.000 dias de vida, que compreende a gestação e os primeiros dois anos de vida, onde pode ter influencia vital na personalidade e até nas disforias.
Entendendo a verdade sobre nós mesmos, sobre nossos filhos e sobre quem está ao nosso redor, temos forças para lutar contra as mentiras que trazem medo, aprisionamento e não nos deixam crescer.
É preciso ressignificar a fase que não foi bem estruturada, reafirmar com palavras e ações que geram confiança e superação, colocar verdades onde existem incertezas, inseguranças ou mentiras.

Eduardo Junior - Eu Escolhi Educar     https://www.facebook.com/euescolhieducar/posts/1780066578711280

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