A verdadeira identidade da igreja
é sobrenatural. Ela foi fundada pelo próprio Senhor Jesus e fundamentada sobre
Ele mesmo, a Rocha – “... e sobre esta Rocha edificarei a minha igreja,
e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mateus 16.18). Antes
de partir, o Senhor transmitiu à igreja o resumo de sua missão – “Ide
por todo mundo, pregai o evangelho a toda criatura. [...] E estes sinais
seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas
línguas; pegarão nas serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes
fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos e os curarão.” (Marcos
16.15-18).
Observe que para que todo trabalho a igreja depende do poder sobrenatural do Espírito Santo. É a unção do Espírito
que nos capacita a realizar a Sua obra sobrenatural.
Entenda. Se não tivermos unção, então,
não temos nada além do que o mundo tem. A verdadeira obra de Deus precisa ser
sobrenatural. Nosso crescimento não vem por causa de nossa boa estrutura e
organização. O mundo possui estratégias de marketing, qualidade total,
gerenciamento participativo, etc. Não podemos confiar na técnica e na organização.
Elas são apenas roupas que vestimos e podemos trocá-la de acordo com a
necessidade. Crianças trocam de roupa à medida que crescem. Da mesma forma, igrejas
trocam de estratégia à medida que crescem. Se a nossa comunhão for igual à que existe
no Rotary ou no Lions, que estamos fazendo de mais? Se nossas pregações não diferem
da oratória política e das palestras acadêmicas, que estamos ministrando de
mais?
Jesus não veio para revogar, mas para
transcender. Aqui reside a grande diferença da obra de Deus na terra: a igreja precisa
transcender às práticas do mundo.
Transcender não é apenas fazer
melhor; é fazer sobrenaturalmente. Não podemos atrair o mundo com nossas
canções, pois o mundo têm músicas melhores e mais bem elaboradas. Também não podemos
atrair o mundo com teatro, dramas e encenações, pois o mundo faz isso muito
melhor do que nós. Nem podemos atraí-lo com pequenos grupos, pois isso eles também
possuem. Entretanto, existe algo que eles não têm e não podem produzir – UNÇÃO.
Sem o poder de Deus, entretemos
os santos e nos iludimos com atividades. O ativismo rouba nosso tempo, destrói
nossa saúde, esgota nossa energia e não produz os resultados que Deus espera da
igreja.
A igreja não é terrena; sua
origem é espiritual e, portanto, sobrenatural, assim como seu poder e sua
própria vida. Qualquer coisa que não for feita sobre esta base, não traduzirá a
realidade da igreja.
Precisamos da unção do Senhor,
pois ela subverte nossa ordem e nossos conceitos. Ela transcende ao padrão do
nosso trabalho. Nossa comunhão não pode ser comum, natural, mas do tipo com o
qual Deus subsiste. Nossa pregação não pode ser uma palestra inteligente,
recheada de técnicas de marketing pessoal, mas sim a própria voz de Deus. Nossa
autoridade não pode se prender aos nossos títulos acadêmicos, mas à unção do Espírito
Santo. Não somos frutíferos porque temos técnicas, mas por causa da unção. Não importa
o quanto nos esforcemos, somente a unção nos fará transcender.
Se nossa ministração nas células
reproduzir apenas técnicas e dinâmicas, perderemos nosso precioso tempo. Não somos
uma empresa. Somos a igreja do Senhor Jesus. Devemos aprender e usar as
técnicas e metodologias, mas, antes de tudo, precisamos buscar a unção do Espírito
Santo. Sem ela não passamos de meros imitadores do mundo.
Pense nisso!
Prª Raquel Roque.
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